terça-feira, 23 de março de 2010

Vaias para Fossati


As vaias ao treinador colorado, depois empate contra o Pelotas, são justas.

Fossati deve se dar conta que está treinando um dos maiores clubes do Brasil.

Nunca foi tradição do Inter jogar apenas na força e na garra, o Inter sempre aliou a isso a qualidade de seus jogadores. Mas Fossati parece querer transformar o Internacional em um time uruguaio, que joga se defendendo o tempo inteiro e que apenas especula em contra-ataques, tentando sempre se impor fisicamente e esquecendo que a melhor forma de se impor dentro de campo é tecnicamente.

A falta de ambição do uruguaio irrita a torcida colorada. Não importa contra quem o Inter jogue, ele quer o time especulando, sempre em busca de uma vitória magra ou de um empate. São essas características do futebol uruguaio que ele pretende para o Internacional. Quem, em sã consciência, acha que o futebol uruguaio deve ser um exemplo a ser seguido? Eu não.

Contra o Pelotas, mesmo que tenha dominado a partida inteira, o Colorado não conseguiu matar o jogo. Os atacantes foram ineficientes, perderam muitos gols. Alecsandro vive perdendo gols feitos, se escondendo atrás dos zagueiros, usando o calcanhar para desperdiçar ataques. Agora, em entrevista ele direcionou a responsabilidade pelos quatro empates consecutivos para a defesa. Em tom de crítica, ele afirmou: “quando fizermos mais de dois gols por jogo, vamos ganhar.” Mas, quantos gols fez Alecsandro nesses quatro empates? Nenhum, é a resposta.

Jorge Fossati tirou Giuliano quando ganhava e dominava a partida. Colocou Bruno Silva e retornou ao seu esquema preferido, o 3-5-2 (também conhecido como chama derrota). E foi assim que tomou o gol de empate do Pelotas.

O resultado foi injusto, é verdade. Mas o castigo reservado ao treinador colorado foi justíssimo. Ninguém poderia imaginar que ele retrancaria o time, em pleno Beira-Rio, contra o Pelotas. Antes disso ele já havia substituído D’Alessandro, o melhor em campo e autor de um golaço. D’Ale saiu de campo contrariado.

Fossati justificou a entrada de Bruno Silva dizendo que fez isso “para evitar um desastre maior ainda”. Como assim? Sinceramente, ou sou burro, ou o uruguaio não fala nada com nada.

O treinador colorado faz declarações estranhas, tais como dizer que não entendeu as vaias ao final do jogo de ontem ou como se apressar em exaltar as boas atuações de Edu, que só ele vê.

Ah! Ontem, Fossati criticou a preferência que os jogadores colorados tem pelo esquema 4-4-2.

Os torcedores estão descontentes, os jogadores estão descontentes. E a diretoria, como será que está?

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