segunda-feira, 29 de março de 2010

Voz do Povo


Não sei se a derrota para o Caxias foi o pior do final de semana para o Inter. Digo isso porque o presidente do clube deu uma declaração extremamente infeliz após o jogo. Ao ser questionado sobre qual a força do torcedor, que no momento pedia a saída do treinador, Píffero declarou que: "...torcedor torce, dirigente dirige...".



O torcedor, que já estava muito insatisfeito por conta dos vários jogos sem ganhar e que acabara de ver seu time de R$ 4 milhões mensais ser derrotado por um time do interior, revoltou-se com o discurso do cartola.



Os pedidos eram pela demissão do treinador colorado. Concordo que o momento não é o mais oportuno para demissões, mas a reação e a frase do presidente foram de desrespeito com o torcedor. Suas palavras foram carregadas de arrogância, algo que o povo não tolera.



A Voz do Povo é a Voz de Deus



Um mesmo grupo que detém o poder por muito tempo acaba tendo a percepção errônea de que está administrando seu patrimônio pessoal, logo esquece que deve satisfação de sua administração ao verdadeiro dono do clube e do patrimônio que administra. O seu Povo, o seu Soberano.


Rousseou escreveu: "o titular do poder, tende, espontânea e inexoravelmente, a procurar impor sua vontade ao povo soberano, em atropelo ao princípio de que ele é, e jamais deveria deixar de ser, simplesmente o instrumento da vontade geral".


Conceito aplicável ao caso.


Peço que nossa diretoria seja mais sensata, que pare de insistir em erros deflagrados. Peço principalmente que não esqueçam de que não são donos do Internacional, são apenas o "instrumento da vontade geral".


O Internacional é patrimônio de milhões de colorados, não de uma oligarquia que se formou nos gabinetes do Beira-Rio.


Façam valer a vontade geral.


Dêem ao povo o que é do povo. O Clube do Povo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Saída?


A queda de Fossati é iminente. O treinador colorado está em maus lençóis depois da derrota para o Zequinha.

O time colorado estava completamente desorganizado em campo. A defesa falhou muito, além das deficiências apresentadas pela zaga, todo ataque do Zequinha pela direita defensiva colorada era uma barbada. Matias, o “espetacular”, não conseguiu fazer a cobertura correta pelo seu lado. Nem sei se ao menos ele tentou, pois a cobertura no primeiro tempo estava sendo feita por D’Alessandro, vejam só.

O time do técnico Argel foi muito organizado e mereceu a vitória, mesmo que o Inter tenha tentado pressionar do começo ao final do jogo.

O Internacional não tinha nada em campo. D’Alessandro, com disposição acima da média foi bem, mas não contou com a ajuda de seus companheiros.

Alecsandro é aquilo que já conhecemos: faz gols de pouca importância, invariavelmente fáceis de marcar e quando mais se precisa dele... Bom, todos sabem o que acontece quando se precisa dele. Ele perdeu uma cabeçada em um cruzamento perfeito de Guiñazu. Mesmo testando livre de marcação errou o alvo.

Kleber era uma decepção a cada vez que tocava na bola. Parecia sem vontade alguma de jogar. Talvez esteja com o salário atrasado. Esse, sem dúvida, é o grande mercenário entre os jogadores que vestem a camisa Colorada. Apesar de ser um grande jogador, se revela um grande patife. Como Kleber é um dos jogadores mais técnicos do time, se espera que apresente algo a mais na adversidade, mas nesses momentos parece fingir que não tem nada a ver com o assunto.

Fossati usou todas as substituições na tentativa de reverter o placar de três a zero. Colocou no jogo os jovens Walter e Marquinhos, totalmente na fogueira eles nada conseguiram fazer. A terceira substituição foi a entrada do depressivo Edu. Não sei o que acontece com Edu, parece sempre triste olhando para o chão. Em quase um ano de Inter não apresentou nada que o recomendasse.

A história de rodízio de jogadores chegou à zaga colorada e deu no que deu. O treinador muda esquema, muda jogadores e cada vez encontra mais dificuldade para formar um conjunto de time entrosado. Mas talvez ele não seja o grande culpado por isso tudo. Talvez. Pois a bola não tem entrado e em alguns jogos o time só não recebeu aplausos da mídia porque não marcou gols (mas não foi o caso do jogo de ontem).

O que aconteceu com o Inter? Todos se fazem a mesma pergunta, pois tem um grupo que já deu provas de ser muito forte. Onde está o problema???

A diretoria apostou em Alecsandro mesmo sabendo não se tratar de um jogador de alto nível. Sob pressão, ele não consegue acertar nada. Alguns dirão que isso é porque existe muita pressão, mas é nessa hora que se vê quem são os homens e quem são os guris. Ontem o Inter teve apenas dois homens em campo: D’Alessandro e Guiñazu. O resto era um bando de guris...

terça-feira, 23 de março de 2010

Vaias para Fossati


As vaias ao treinador colorado, depois empate contra o Pelotas, são justas.

Fossati deve se dar conta que está treinando um dos maiores clubes do Brasil.

Nunca foi tradição do Inter jogar apenas na força e na garra, o Inter sempre aliou a isso a qualidade de seus jogadores. Mas Fossati parece querer transformar o Internacional em um time uruguaio, que joga se defendendo o tempo inteiro e que apenas especula em contra-ataques, tentando sempre se impor fisicamente e esquecendo que a melhor forma de se impor dentro de campo é tecnicamente.

A falta de ambição do uruguaio irrita a torcida colorada. Não importa contra quem o Inter jogue, ele quer o time especulando, sempre em busca de uma vitória magra ou de um empate. São essas características do futebol uruguaio que ele pretende para o Internacional. Quem, em sã consciência, acha que o futebol uruguaio deve ser um exemplo a ser seguido? Eu não.

Contra o Pelotas, mesmo que tenha dominado a partida inteira, o Colorado não conseguiu matar o jogo. Os atacantes foram ineficientes, perderam muitos gols. Alecsandro vive perdendo gols feitos, se escondendo atrás dos zagueiros, usando o calcanhar para desperdiçar ataques. Agora, em entrevista ele direcionou a responsabilidade pelos quatro empates consecutivos para a defesa. Em tom de crítica, ele afirmou: “quando fizermos mais de dois gols por jogo, vamos ganhar.” Mas, quantos gols fez Alecsandro nesses quatro empates? Nenhum, é a resposta.

Jorge Fossati tirou Giuliano quando ganhava e dominava a partida. Colocou Bruno Silva e retornou ao seu esquema preferido, o 3-5-2 (também conhecido como chama derrota). E foi assim que tomou o gol de empate do Pelotas.

O resultado foi injusto, é verdade. Mas o castigo reservado ao treinador colorado foi justíssimo. Ninguém poderia imaginar que ele retrancaria o time, em pleno Beira-Rio, contra o Pelotas. Antes disso ele já havia substituído D’Alessandro, o melhor em campo e autor de um golaço. D’Ale saiu de campo contrariado.

Fossati justificou a entrada de Bruno Silva dizendo que fez isso “para evitar um desastre maior ainda”. Como assim? Sinceramente, ou sou burro, ou o uruguaio não fala nada com nada.

O treinador colorado faz declarações estranhas, tais como dizer que não entendeu as vaias ao final do jogo de ontem ou como se apressar em exaltar as boas atuações de Edu, que só ele vê.

Ah! Ontem, Fossati criticou a preferência que os jogadores colorados tem pelo esquema 4-4-2.

Os torcedores estão descontentes, os jogadores estão descontentes. E a diretoria, como será que está?

sexta-feira, 19 de março de 2010

Torcida Internacional!!!


O jogo em Riveira teve como maior destaque a torcida colorada. Os colorados invadiram o território uruguaio, pintaram ruas de vermelho e fizeram a festa dentro do estádio.

A Libertadores nunca tinha presenciado tamanha “invasão”. Nunca, antes do dia 18 de março, um time havia levado tantos torcedores a outro país. Foram cerca de 25 mil colorados, conduzidos pela paixão, que se fizeram presentes no Uruguai e estabeleceram essa marca histórica. A melhor marca, até então, havia sido dos “pinchas” do Estudiantes de La Plata. No ano passado os argentinos invadiram o Uruguai, para o jogo contra o Defensor, com o impressionante número de 10 mil “hinchas”. Mas a marca foi facilmente batida pelos colorados.

Dentro de campo o time não apresentou o futebol que os torcedores mereciam ver. Teve um início complicado, se acertou e controlou o primeiro tempo. Apresentando volume de jogo, devido a nova formatação tática (4-5-1), o Colorado empurrou o bom time do Cerro para trás, mas acabou parando nas boas defesas do goleiro uruguaio. O segundo tempo foi morno demais e Pato Abbondanzieri teve que mostrar sua categoria para assegurar seu gol imaculado.

Ao final da partida ficou um gosto de derrota, apesar do jogo não ter sido realizado no Gigante, a maioria esmagadora da torcida era colorada.

Ficou a obrigação de fazer duas vitórias nos dois próximos jogos, pela Libertadores, no Beira-Rio. Pelo que se viu em Riveira não será nada fácil superar os uruguaios, ainda mais com a pressão da obrigação da vitória.

O que se viu de melhor – além da torcida, é claro – foi a volta do preenchimento do meio campo colorado, que dá consistência ao setor e grande volume de jogo, já que o meio campo colorado conta com 4 jogadores de alta qualidade técnica.

Ainda assim faltou ousadia a Fossati.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Decepção no Equador


Na partida disputada no Equador o Inter abusou de balões. Nas raras vezes em que colocou a bola no chão conseguiu chegar com perigo, mas ressalto: raras vezes e apenas no primeiro tempo. O treinador colorado orientou seus jogadores a defenderem com unhas e dentes e atacarem apenas quando tivessem certeza de boas possibilidades. Assim, o Inter não chutou uma única vez ao gol do D. Quito na segunda etapa.

O resultado ficou de bom tamanho para um time pequeno que estivesse jogando sua primeira libertadores, não para o Inter. Para os colorados o resultado foi péssimo e o desempenho deprimente.

A única alegria dos colorados neste dia foi a apresentação luxuosa de Abbondanzieri. Pato apresentou seu arsenal de defesas, ótimas reposições de bola e, acima de tudo, mostrou a experiência que todos desejavam ver no gol Colorado. Pato fez algo inimaginável ao reverter, sem se exaltar, a penalidade mal marcada pelo árbitro da partida.

Lembro que discordei da opinião dos “especialistas” a respeito da contratação de Pato. Escrevi aqui no blog que Abbondanzieri seria fundamental para as ambições coloradas. É grande goleiro e tem mostrado isso nos jogos.

Após o jogo no Equador, as entrevistas de Fossati davam conta que o treinador havia ficado muito contente com o resultado. Ao ser questionado do fato de Kleber ter pouco apoiado o ataque na partida, o uruguaio disse que o jogador, assim como outros, havia sentido o desgaste da altitude. Ao ser perguntado sobre isso o jogador disse que não sentiu a altitude e que não apoiou por orientação do treinador. O lateral colorado estava visivelmente contrariado com a orientação defensiva do técnico, que segurou os dois alas e formou uma linha defensiva de cinco jogadores.

Deprimente o jogo do Equador. Deprimente a covardia de Fossati...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Fossati se repete


O final de semana ficou marcado pelo fraco futebol apresentado por Inter e Grêmio.

O Inter foi com time misto para Ijuí e ganhou do time da casa, o São Luiz, por 1 a 0. O gol foi marcado por Eltinho depois dos 40 minutos da segunda etapa.

Com time misto, titular ou reserva, o problema do Internacional continua o mesmo: a escalação de três zagueiros.

Com apenas três jogadores no meio campo, a equipe fica com pouca ou nenhuma articulação. Enquanto a defesa, que teoricamente estaria protegida por conta dos três zagueiros, não deu conta do recado. Ontem, a vitória sobre o S. Luiz foi garantida com defesas do goleiro Abbondanzieri.

Pato se confirma como uma grande contratação. Além da liderança que exerce em campo, o goleiro mostrou qualidade na reposição de bola e grande reflexo debaixo das traves. Ponto para a direção, a contratação de um bom goleiro era indispensável.

Mas a verdade é que até agora foram poucos os jogos que permitiram uma análise sobre o time de Jorge Fossati. Tirando o Gre-Nal e a estreia na Libertadores, não houve jogo digno de avaliação. Seja pela fragilidade dos adversários, seja pelos jogadores suplentes escalados por Fossati.

Independente da escalação, o esquema não muda. Fossati não abre mão de seus três zagueiros. Age como um viciado que não admite o vício. Logo, não se livrará dele nunca.

Um meio campo com três jogadores, sendo um deles o meia responsável pela armação das jogadas, facilita a marcação para o adversário. Quando esse meia é Andrézinho fica tudo muito mais fácil.

Andrézinho não acertou absolutamente nada no jogo de ontem. Sua única boa jogada foi aquela em que decidiu não participar. Errou em cobranças de falta, em cruzamentos e escanteios.

Andrézinho é jogador burocrático, carimbador. Seus passes são sempre para o jogador mais próximo, para o lado. Ele não assume o jogo e é um jogador extremamente indolente, preguiçoso. Não auxilia na marcação e perde fácil a bola.

Pior é escutar na transmissão do rádio que ele foi o melhor em campo. Ridículo. Como já falei, só podem receber algo para elogiarem certos jogadores.

Fossati já mostrou a todos que não abrirá mão dos três zagueiros. Aos colorados resta torcer para que dê certo assim, pois se der errado será tarde demais para alterar o esquema.

Conclusão: ou o Inter conquista a Libertadores com três zagueiros, ou cairá fora da competição com os três zagueiros.

Qual a solução para o Grêmio?




No sábado, o Grêmio teve dificuldades para vencer o frágil Porto Alegre. Apesar de marcar o gol no início da partida, o Tricolor foi modesto.

Silas mereceu as vaias da torcida. O treinador gremista peca pela indefinição. Desde que iniciou seu trabalho no Grêmio, Silas sofre com a insatisfação da torcida e dos que o cercam.

No início, Silas foi criticado pelo esquema com três zagueiros. Após seu esquema ter sido rechaçado internamente e por grande parte da torcida, ele passou a equipe para o 4-4-2.

Então vieram as dúvidas na escalação. Sem zagueiros afirmados e com laterais improvisados, Silas montou uma defesa frágil que depende a todo o momento de milagres protagonizados por Victor (o melhor em campo no sábado).

Sem volantes qualificados, a defesa (que já não é das melhores) sofre o assédio do adversário a todo instante. Mesmo assim, Silas mantém na equipe o limitadíssimo Ferdinando, seu “peixe”, seu colega de culto.

Rochemback, contrariando tudo o que se viu no futebol até hoje, parece mais fora de forma física e técnica a cada jogo.

Douglas é o jogador mais afirmado no meio campo gremista, apesar de ter tido boas e más atuações e nunca auxiliar na marcação.

A torcida e a direção querem Ferdinando e Rochemback fora do time. Silas apontou a ausência de Rochemback como uma das causas da má atuação, indo na contramão do senso comum tricolor.

A verdade é que Silas tem muitas dúvidas e poucas certezas, e suas poucas certezas são contestadas pela direção e pelos torcedores.

Sempre os melhores são os que não estão jogando. É desejo comum dos gremistas que se jogue com a dupla de volantes formada por W. Magrão e Adilson.

Nada sensato. Ambos não são volantes de contenção. Juntando a isso dois meias que não ajudam em nada na marcação, o resultado será uma defesa que continuará sendo assediada com freqüência.

Lembrem que W. Magrão está voltando de um período de um ano longe dos campos.

Lembrem que Adilson não é e nunca foi solução no time do Grêmio. O jogador é reconhecidamente limitado e já foi diversas vezes amaldiçoado pela torcida tricolor, principalmente por participações fracas em jogos de maior exigência – ver Gre-Nais.

Agora os que estão fora passaram a ser solução, mas a verdadeira solução está na casamata do Olímpico.

Silas tem que trabalhar em cima de convicções para o trabalho render bons frutos. Se ele não as tiver, o Grêmio passará mais um ano sem títulos e Silas logo estará desempregado. Mas isso não será problema, segundo o próprio técnico do Grêmio existem dezenove clubes interessados na sua contratação se ele sair do Olímpico.

Enquanto isso, o Grêmio não melhora e não dá esperanças aos seus torcedores.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Quando o treinador atrapalha


Nessa quarta-feira, em horário comercial, o Inter enfrentou o Santa Cruz no Gigante. O jogo foi de ataque contra defesa, o Inter ocupou o tempo todo o campo do adversário e goleou, mesmo perdendo muitos gols.

Fica difícil fazer uma análise profunda da apresentação colorada, pois o adversário é frágil demais. O Santa Cruz não teve chances de gol. Seu gol foi anotado por Bolívar, contra.

Destaque positivo para o garoto Juan que estreou na equipe principal com ótima atuação.

Mesmo perante a fragilidade da equipe do interior, foi flagrante a falta de bom senso de Jorge Fossati.

Já sabemos do vício do treinador colorado pelo esquema 3-5-2, mas nessa quarta feira ele abriu mão dos três zagueiros para jogar, imaginem só, com QUATRO ZAGUEIROS!

Em um jogo que poderia fazer diversos testes e aprimorar alternativas para os jogos duros que terá na Libertadores, Fossati utilizou quatro zagueiros em determinado período do jogo.

Já falei e volto a repetir: Fossati está tornando as coisas difíceis para o Inter. Tudo por conta de seu vício.

Se o Colorado joga dentro do Beira-Rio com quatro zagueiros contra o Santa Cruz, não quero nem imaginar como vai ser quando for visitar o São Paulo ou Flamengo.

Edu provou mais uma vez que não é jogador para o Internacional. Jogou muito mal e recebeu vaias de parte da torcida. Quando Edu joga, o Inter fica com um a menos. É impossível que F. Carvalho ainda acredite que Edu possa ser o “diferencial da equipe”, como já falou algumas vezes.

Edu deve ter um salário altíssimo. Vocês sabem: quando um clube gasta muita grana em um jogador, ele acaba jogando independente do futebol apresentado.

O mais inacreditável é que Edu é o titular enquanto Marquinhos (que terminou o ano em alta e era uma grande esperança para os colorados em 2010) sequer foi inscrito na Libertadores. Dá para entender?

Fossati falou em entrevista após o jogo que Edu jogou bem e cumpriu função determinada por ele. Se a função do segundo atacante de Fossati for ficar parado, sem movimentação e ainda desperdiçar oportunidades de gol, então é melhor rever alguns conceitos.

Como diria Mário Sérgio: um time de futebol precisa de um treinador que não atrapalhe o andamento natural das coisas. É exatamente o contrário disso que Fossati está fazendo.

Ao escalar três zagueiros e sacar um meia do time, Fossati acaba com o setor mais confiável da equipe. O meio de campo do Inter é considerado pela imprensa nacional como o melhor do país. Jornalistas esportivos de todo o Brasil destacam o meio de campo formado por Sandro, Guiña, Giuliano e D’Alessandro.

Fossati parece não achar a mesma coisa e arma um esquema de contra-ataque, com vazio no meio de campo e que cede a posse de bola a todo momento para tentar retomá-la e partir rapidamente para o contra-golpe.

Fossati atrapalha o andamento natural do time Colorado. Suas intervenções são equivocadas e sua teimosia o faz um viciado de difícil reabilitação.

O Inter precisa repensar o uso de três zagueiros e encontrar alguma alternativa para substituir Edu.

Parece que chegou o momento de Carvalho intervir no trabalho do treinador. Alguém precisa abrir os olhos do uruguaio.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Final do turno com resultado enganador


Chega ao final o primeiro turno do campeonato gaúcho. A taça Fernando Carvalho foi conquistada pelo time do Grêmio, neste domingo, ao bater o time do Novo Hamburgo por 1 a 0 no estádio Olímpico.

A verdade é que o Grêmio não mereceu ganhar o jogo. O Nóia foi superior nos dois tempos de jogo, teve mais posse de bola e sufocou o Grêmio.

O treinador no NH foi muito competente. Seu time entrou em campo sabendo o que teria de fazer, sabendo quais os movimentos táticos necessários para segurar o tricolor.

Não fosse um lance isolado de bola parada, o Grêmio não teria comemorado gol na tarde de ontem. Hugo, Douglas, Jonas e Borges não entraram em campo, praticamente. Em nada acrescentaram ao time e foram os grandes responsáveis pelo domínio que o NH exerceu no meio de campo o jogo todo.

Silas ainda mexeu mal no time e trouxe o Nóia ainda mais para cima do Grêmio.

Com pouco mais de 30 mil pessoas no Olímpico, o time do técnico Silas foi bastante vaiado pela atuação. Mesmo conquistando o primeiro turno, alguns torcedores não pouparam o time e o treinador.

A verdade é que o Grêmio não apresentou nada de bom. Pelo contrário, parecia ser o time pequeno do confronto. Foi pressionado e não teve personalidade suficiente para se impor dentro de casa contra um adversário muito mais fraco e sem tradição.

O destaque tricolor foi Ferdinando. Criticado pela torcida, mas com a confiança do treinador, ele anotou o gol da partida em cobrança de falta.

Fica a certeza que o Grêmio precisa melhorar muito, mas muito mesmo, se quiser alcançar algum título esse ano.

Se o tricolor continuar a jogar a bola que vem jogando e apresentar a evolução a passos de tartaruga que vem apresentando (quando apresenta evolução) será difícil até de conquistar o Gaúcho, mesmo que metade do caminho já tenha sido trilhado.